2025 já começa com muitos desafios para a pecuária nacional. Em meio a um cenário econômico de dólar alto, tensões globais e incertezas quanto ao futuro.
Uma das tendências que devem continuar movimentando o negócio, é a busca pela pecuária cada vez mais sustentável, com redução das emissões de carbono.
Qual a importância da redução das emissões de carbono?
A redução das emissões de carbono na pecuária é fundamental para combater as mudanças climáticas e promover a sustentabilidade do setor, atendendo as expectativas do mercado consumidor local e internacional.
Durante a vida dos rebanhos, existe uma parcela significativa de emissões de gases de efeito estufa (GEEs), como o metano (CH₄), que é liberado durante a digestão dos animais.
Os impactos ambientais da produção de carne, pressionam o setor a cada vez trabalhar para mitigar suas emissões, para atender as expectativas das organizações internacionais e do público global.
Ações para transformar o cenário
Com o avanço da tecnologia, surgem novas possibilidades que mostram ser cada vez mais possível conciliar desenvolvimento e sustentabilidade. Listamos algumas ações que, quando implementadas, causam um impacto positivo na produção de carne.
O pastoreio rotacionado, por exemplo, permite que a vegetação se recupere, aumentando a captura de carbono no solo e melhorando a saúde das pastagens.
Por meio de uma divisão do campo em piquetes, realização de ciclos de pastoreio e descanso e movimentação dos animais, o solo se recupera melhor, reduzindo a erosão, aumentando sua capacidade nutritiva e também sequestrando mais carbono.
Com a nutrição de precisão, os produtores ajustam as dietas para reduzir o desperdício e a produção de metano, tornando a alimentação mais eficiente. Isso é possível pelos avanços tecnológicos na área de nutrição animal, promovendo o aumento da produtividade e melhoria da saúde animal.
Por último, outro bom exemplo é a produção e uso do biogás.
Ele é um combustível renovável gerado a partir da decomposição de matéria orgânica, como resíduos agrícolas, dejetos de animais, lixo urbano, esgoto e outros resíduos orgânicos.
O biogás é composto principalmente por metano (CH₄) e dióxido de carbono (CO₂), transformando gases nocivos em fonte de energia para eletricidade, aquecimento e diversas outras aplicações. Além disso, é gerado também um subproduto, o digestato, que pode ser utilizado como fertilizante.
Dessa forma, a produção de carne pode se tornar muito mais sustentável, mitigando impactos ambientais e ainda gerando novas possibilidades de receita em sua atividade.
Com inovação é possível aliar o aumento da produção com a pauta sustentável.
COP 30 no Brasil
Uma pecuária ainda mais sustentável e pronta para os desafios globais será, com toda certeza um dos desdobramentos em discussão quando a 30ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP30) acontecer no Brasil este ano. A COP 30 será realizada em Belém, em novembro de 2025.
As grandes temáticas a serem debatidas são:
1. Redução de emissões de gases de efeito estufa.
2. Adaptação às mudanças climáticas.
3. Financiamento climático para países em desenvolvimento.
4. Tecnologias de energia renovável e soluções de baixo carbono.
5. Preservação de florestas e biodiversidade.
6. Justiça climática e os impactos sociais das mudanças climáticas.
Uma oportunidade ímpar de mostrar o que o Brasil vem fazendo para preservar o meio ambiente e construir um futuro sustentável, quando os olhares do mundo estarão voltados ao nosso país.
Continue nos acompanhando por aqui, para saber mais sobre tudo o que impacta a pecuária mato-grossense, brasileira e mundial.